Thursday, April 2, 2009

A lei da simulação


Lisandro López foi ontem castigado com um jogo por ter originado o penalty que viria a dar o golo do FC Porto no recente derby que opôs FC Porto e Benfica. Já ouvi hoje inúmeras vozes levantarem-se contra a decisão pelos mais diversos motivos - desde logo, perguntando se esta terá sido o único caso desta estirpe nos últimos dois anos desde que o actual regulamente foi aprovado. Não obstante as eventuais questões que possam levantar-se à volta da decisão, creio que terá sido dado um bom passo. Esperemos que, daqui para a frente, quem pretenda simular faltas hesite antes de o fazer. Todos nós que gostamos de futebol teríamos a ganhar.

Como praticante, reconheço que é quase sempre necessária uma boa dose de matreirice. No entanto, traço uma distinção clara entre ser mais inteligente do que o adversário e levá-lo a cometer falta e fingir ser tocado para daí tirar vantagem. Colocando a questão em termos práticos: saber posicionarmo-nos para provocar a falta ao adversário é sinal de inteligência e boa leitura de jogo. Mergulhar sem qualquer acção do oponente é faltar à verdade desportiva.

O único comentário adicional que gostaria de tecer é tão só e apenas: mantenha-se a consistência e haja coragem para continuar a tomar estas decisões.

PS: Não obstante tudo o que escrevi atrás, creio que os órgãos disciplinares da Liga poderão vir a deparar-se com um problema, pois haverá agora muito mais vozes atentas a possíveis simulações e que bradarão igual tratamento. A ver vamos se não se abrirá mais uma caixa de Pandora na arbitragem portuguesa.

1 comment:

Paulo said...

Discordo, em tudo. :)

Abraço!