À medida que o grande clássico se aproxima, a tensão vai aumentando, conforme se pode ler aqui. Num encontro tão carregado de emoções como este, dada a actual classificação - simetricamente oposta em relação à época passada -, haverá com certeza motivos que farão pender a balança para um lado e para o outro. Analisemos o lado dos dragões.
- O momento. Se dúvidas havia sobre a capacidade de André Villas-Boas liderar um grupo do calibre da equipa azul e branca, têm vindo a ser reduzidas a pó pelo jovem treinador. Na verdade, os dragões têm vindo a quebrar recordes de invencibilidade (permanecem a única equipa imbatível nos campeonatos europeus) e aprestam-se não só para conquistar o título nacional, como para tentar chegar ao fim da competição sem derrotas. Se juntarmos a isso as repetidas passagens às eliminatórias seguintes da Liga Europa, poderemos facilmente constatar que estamos perante uma equipa plena de confiança.
- A melhoria táctica. Relativamente a outros anos (nomeadamente a época de Jesualdo Ferreira), o FC Porto está actualmente mais ciente da sua capacidade de reter a bola, sendo assim mais capaz de controlar a partida, em vez das costumeiras transições rápidas. Como tal, num jogo em que o adversário terá por certo a intenção de sufocar desde o primeiro minuto, a posse de bola de Moutinho, Belluschi e/ou Guarín poderá revelar-se fundamental para roubar tempo e espaço ao Benfica.
- A vontade. Para muitos dos jogadores do FC Porto, esta é a primeira oportunidade de conquistar um título. Para outros, trata-se da hipótese de reaver um título perdido no ano passado para os eternos rivais. Tanto uns como outros quererão por certo concretizar a conquista, ainda para mais em casa do actual campeão. Conforme se pode ler aqui, a rivalidade entre arqui-rivais parece ser algo que se sente mais no Porto, cidade e clube.