Wednesday, June 16, 2010

Sem margem para errar

A frase (da autoria de Carlos Queiroz, infeliz à luz de qualquer conceito de liderança, uma vez que, em vez de retirar pressão dos ombros dos jogadores, lhes retirava qualquer margem de manobra) pareceu reger todo o jogo que opôs ontem Portugal à Costa do Marfim.

Tal como acontece em qualquer outra dimensão das nossas vidas, há quem tenha mais medo de perder do que vontade de ganhar, pessoas que perguntam "porquê" em vez de "porque não". Pois bem, Portugal foi ontem um espelho fiel desse estado de espírito, parecendo sempre ter muito mais receio de falhar do que ambição de impor o seu estatuto de favorito, enquanto 3ª classificada do ranking da FIFA. Talvez, em retrospectiva, o tempo venha a dar razão a Carlos Queiroz e à sua estratégia, mas a margem para errar é agora ainda mais diminuta e a pressão não vai parar de crescer.

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