É indiscutível que as equipas britânicas pecam geralmente por uma manifesta falta de inteligência táctica, privando-as muitas vezes de títulos que, se estivéssemos a falar de patinagem artística, estariam garantidos devido a todos os restantes critérios. É óbvio ao espectador menos atento que os onzes ingleses e escoceses têm inúmeras dificuldades de cada vez que defrontam equipas da Europa continental.
Sim, é Espanha que tem as maiores estrelas - de Kaká a Ronaldo, de Xavi a Messi, de Casillas a Ibrahimovic. No entanto, depois de mais uma jornada da liga inglesa, continuo a chegar à mesma conclusão: trata-se da verdadeira liga dos campeões. É impossível deixar de admirar a galhardia com que os 22 jogadores se degladiam - creio ser este o melhor termo -, a garra que aplicam em todos os lances, estando o resultado a zero ou já a resvalar para uma das equipas, o respeito pelos árbitros, a qualidade e total ausência de vontade de protagonismo destes. Claro que há e haverá sempre picardias aqui e ali, mas, regra geral, as pancadas são bem aceites pelos jogadores, os tackles duros (muitas vezes a roçar a lealdade) não são encarados de forma agressiva e não parece haver nunca tendência para o "piscinismo" ou para forçar paragens de jogo para desenvolver as capacidades teatrais geradas por um qualquer sopro de um adversário.
Mesmo tendo noção de todos os defeitos das equipas que compõem o campeonato inglês, não consigo deixar de me deliciar sábado após sábado.
1 comment:
espero que o próximo comentário não demore tanto
Post a Comment