O duelo que opôs os líderes da Liga Sagres no Estádio Axa, em Braga, fizeram por merecer o seu estatuto. Depois do empate desapontante na véspera do candidato FC Porto, Benfica e Sp. Braga deram uma bela imagem do que o campeonato português tem para oferecer: garra, luta, competitividade, qualidade táctica e intensidade - ao ponto de provocar duas expulsões ao intervalo, devido ao sururu à entrada para o túnel no final da primeira parte.
A equipa bracarense entrou mais determinada no jogo e, aos 7 minutos, encontrava-se já na frente graças não só a um excelente golo de Hugo Viana, que aparece neste Sp. Braga completamente renascido -, como especialmente pela sufocante pressão que a turma de Domingos Paciência exercia sobre a saída de bola dos encarnados, sempre necessitados de espaço para as suas incisivas transições ofensivas. Embora a equipa da Luz tenha conseguido equilibrar a contenda em algumas partes do encontro (marcando inclusivamente um golo aparentemente válido), os arsenalistas pareceram ter o jogo controlado, chegando por isso com alguma naturalidade ao segundo golo, aos 77 minutos, depois de um óptimo trabalho de Mateus no lado esquerdo, onde Fábio Coentrão teve imensas dificuldades, conforme se esperava, dada a sua inexperiência na posição de lateral-esquerdo.
Será muito interessante ver até onde este Sp. Braga poderá ir, depois de, em 9 jornadas, ter já vencido os três grandes. Creio que as lesões poderão desempenhar (ou não) um papel fundamental, pois, se a vertente física se mantiver intacta, a equipa da cidade dos arcebispos poderá ter a oportunidade de cometer uma façanha única na sua história.
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