... e o futebol não mudou. Excepção feita à rima de má qualidade (involuntária, mas necessária), o futebol trouxe aquilo que sempre conhecemos até aqui: a famosa passagem de besta a bestial em menos de um fósforo. De um lado, João Eusébio, o agora ex-treinador do Rio Ave, que não resistiu à derrota em casa contra o Vitória de Guimarães. Na verdade, continuo sem compreender bem os dirigentes que despedem treinadores desta forma, aparentemente sem qualquer razão de ser. Tomando em consideração as limitações e objectivos do clube vilacondense, quais são ao certo os pecadilhos do treinador? Jogar de forma pouco atractiva? Sofrer até atingir a manutenção no principal campeonato português?
Um pouco mais abaixo, Quique Flores, vítima de apupos (juntamente com alguns jogadores, especialmente o eterno Binya). Na verdade, creio que Quique está neste momento a ser refém de si próprio. Mais concretamente, parece-me que o treinador benfiquista está a ser julgado à luz da ilusão que os adeptos benfiquistas já tinham criado de que dobrar o Natal em primeiro equivaleria a chegar em primeiro em Maio. Afinal, as dificuldades e a remodelação de que todos os dirigentes da Luz falavam eram apenas para desviar as atenções dos adversários... Ou seja, o aparente sucesso da equipa (embora pouco suportado por exibições convincentes) elevou Quique aos píncaros, apenas para lhe ser tirado o tapete quinze meros dias depois.
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