Nos últimos tempos, tem sido frequente ouvirmos falar da "casa táctica" de Luís Freitas Lobo. No fundo, aquilo a que o atento observador se refere é a disposição e movimentações com que a equipa se identifica, quer de forma natural (pela predisposição dos seus jogadores), quer pelo trabalho do seu treinador.
Não querendo de forma alguma descurar o restante trabalho de José Couceiro, aquilo que salta claramente à vista é a capacidade do treinador sportinguista de conferir à equipa uma coerência táctica - posicionamento, movimentações, transições - que Paulo Sérgio nunca conseguiu implementar nos longos meses em que esteve à frente do clube. Com essa estabilidade, a equipa verde e branca logrou manter-se afastada - tanto quanto possível - da confusão reinante no clube, trazendo alguma alma e dignidade a um "grande" do futebol português.
Em momentos mais complicados, as coisas mais simples poderão revelar-se decisivas. Ao teimar em não estabilizar um onze, um esquema táctico e uma forma de jogar, Paulo Sérgio apenas serviu para agudizar uma intranquilidade que já grassava na equipa. Ao invés, Couceiro optou pela estratégia inversa: dar continuidade a uma ideia de jogo e reunir os jogadores em torno da mesma. Os resultados estão à vista.
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