Equipas e movimentações iniciais |
Uma das expressões mais batidas no futebol afirma que os sistemas não ganham jogos, uma vez que não passam do papel. No entanto, sem contestar de forma alguma a validade de todos os sistemas e respectivas dinâmicas, há algumas disposições tácticas que oferecem uma ocupação mais racional do espaço em termos teóricos. Este encontro permitiu um confronto típico entre o 4x3x3 (em estreia quase absoluta) de Leonardo Jardim e o 4x2x3x1 de Rui Vitória, que rapidamente se percebeu ser um 4x4x1x1, na prática.
- 1. O duelo táctico:
Uma simples triangulação criou uma jogada que por pouco não deu golo |
Como se esse pormenor táctico não bastasse, Rui Vitória surpreendeu ao dar todo o tempo do mundo a Hugo Viana quando este estava em posse da bola, particularmente tendo em consideração que a eliminação dos bracarenses às mãos do Besiktas mostrou à evidência quanto a marcação incisiva a Hugo Viana prejudica o jogo do resto da equipa.
- 2. O duelo dos guarda-redes
Qualquer discussão em torno de sistemas tácticos, modelos de jogo ou dinâmicas dentro do próprio de jogo são temas vãos quando uma equipa se apanha a perder ao terceiro minuto através de um erro de um jogador seu. Quando esse mesmo jogador (particularmente numa posição tão sensível quanto a do guarda-redes) repete o mesmo erro passados 15 minutos, a equipa ressente-se da falta de confiança e tem tendência a jogar a medo. Do outro lado, Quim exibiu quanto evoluiu ao longo dos últimos tempos ao mostrar mais uma vez ter perdido a tendência que tinha também de sair com pouco a-propósito.
- 3. A transição defensiva
Um dos aspectos em que este Sporting de Braga de Jardim se mostra mais forte reside precisamente na transição defensiva - ou seja, no momento imediatamente a seguir a perder a posse de bola. Com efeito, a reacção dos bracarenses à perda da bola mostra-se cada vez mais evoluída, conseguindo não só evitar que o adversário desfira os seus contra-ataques, mas logrando inclusivamente recuperar o esférico em zonas muito adiantadas. No exemplo, mais abaixo, note-se o número de jogadores do Sporting de Braga que se aproxima da bola, numa jogada em que esta havia sido perdida poucos metros e segundos antes. Este momento, tantas vezes desprezado pelos treinadores, é muitas vezes uma das principais diferenças entre equipas medianas e equipas maduras, capazes de outros voos.
Reacção rápida à perda da bola |
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